MATEUS ALELUIA / FOGUEIRA (LP)

Quem somos? Quem fomos? O que seremos? Mateus Aleluia é, ocasionalmente, despertado por esses questionamentos. A resposta está na terceira canção de Fogueira Doce, “Bahia... Bate o tambor!”, onde Mateus Aleluia afirma: “Eu sou a África do lado de cá".

Foi em Cachoeira, Bahia, que foi fundado Os Tincoãs, considerado o primeiro grupo vocal a expressar, na história da MPB, a herança musical e linguística de diferentes povos africanos que aportaram no Brasil. Essa preciosa bagagem foi utilizada pelos Tincoãs em sua trilogia lançada nos anos 70, onde um extenso trabalho de pesquisa em terreiros foi apresentado lado a lado das vozes barrocas dos corais católicos de Cachoeira. Os Tincoãs (1973), O Africanto dos Tincoãs (1975) e Os Tincoãs (1977) desvendaram adaptações de temas tradicionais da umbanda, cantos em iorubá, diálogos com o samba de roda e vocais sacros em uníssono: uma receita de inconfundível beleza, porém não totalmente compreendida na época.         

A carreira solo de Mateus Aleluia foi iniciada em 2009, com o lançamento de Cinco Sentidos. Seu segundo trabalho, Fogueira Doce, chegou somente oito anos depois, em 2017. Essa peça fundamental da música afro-barroca já nasceu poderosa, com Mateus trazendo seu filho Mateus Aleluia Filho e sua filha Fabiana Aleluia para cantar a Bahia e toda sua ancestralidade,

Esta edição Rocinante/Três Selos inclui:

- LP duplo 180g  na cor vermelho mesclado com verde
- Capa gatefoold empastada
- Obi
- Letras, ficha técnica e texto do jornaiista Bento Araujo

Tracklist

LADO A
A1. Eu vi Obatalá (Mateus Aleluia) 4:59
A2. Fogueira doce (Mateus Aleluia) 6:20
A3. Bahia... Bate o tambor! (Mateus Aleluia) 5:36

LADO B
B1. Obatotô (Mateus Aleluia) 4:16
B2. Ó virgem! Vire leão (Mateus Aleluia) 3:35
B3. Filha! Diga o que vê (Mateus Aleluia) 5:30

LADO C
C1. Sonhos de crioula (Mateus Aleluia) 5:48
C2. Convênio no Orum (Mateus Aleluia) 5:47
C3. Ogum Akorô (Mateus Aleluia) 4:13

LADO D
D1. De tudo isso, eu sou (Mateus Aleluia) 3:26
D2. Esotérica chapada (Mateus Aleluia) 5:35
D3. O serpentear da natureza (Mateus Aleluia) 6:06